Arrancadão de barcos do Jupiá deverá ser definitivamente extinto por falta de apoio
Realizado desde 2002, o Arrancadão de Barcos, que arrastou milhares de pessoas ao Rio Paraná, no Jupiá, em Três Lagoas, poderá ser extinto de uma vez por todas. Desde a sua criação, evento ficou sem ser realizado em apenas duas ocasiões. Uma delas foi no ano passado, quando não houve recursos suficientes para sua execução.
O motivo da extinção, conforme explicou o presidente da Associação Cultural de Amigos do Arrancadão de Barcos, Samuel Hoda, é a falta de patrocínio. “Procurei ajuda de parlamentares e nem sequer tive resposta”, reclamou, informando que vai convocar reunião com os associados para dar um fim definitivo ao evento.
De acordo com Hoda, o padrão da festa veio decaindo a cada nova edição, na medida em que o apoio financeiro também ia diminuindo. “Às vezes [em um ano] a gente colocava um palco de qualidade ou um mais inferior [em outro ano]; tudo depende de dinheiro. Às vezes colocava um palco grande e aumentava o som e em muitas das vezes os competidores corriam sem premiação por falta de recursos”, explica, completando que “A gente faz o Arrancadão com a cara e a coragem; a gente não tem receita, mas só despesa”.
Para justificar a necessidade de viabilizar parcerias para a realização do evento, ele explica que não cobra inscrição dos competidores, nem entrada do entrada do público e que fornece à entidades assistências o espaço para colocar s barracas da praça de alimentação.
Também como forma de conter gastos, explica que no ano retrasado não foram colocadas as duas barracas centrais medindo 10×10, bem como foi reduzida a quantidade de banheiros químicos. Mesmo assim, segundo ele, sem o apoio do poder público se torna inviável a realização do Arrancadão.
A última edição do Arrancadão foi realizada em 2015, ocasião em que atraiu cerca de 5 mil pessoas, mas houve ano em que mais de dez mil pessoas prestigiaram o evento.
Fonte: Hoje Mais/ João Maria Vicente