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Atletas da Luta de Braço de Três Lagoas não disputam brasileiro, por falta de patrocínio

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fonte:jpnews

Em 2012 e 2013 atletas três-lagoenses deixaram de ir ao mundial da categoria também por falta de patrocínio

Atletas três-lagoenses venceram no início do mês o 8º Desafio de Luta de Braço,
 sediado em Três Lagoas

Vinte e quatro atletas de luta de braço de Três
Lagoas, que conseguiram vaga para disputar a 3ª Etapa do Campeonato
Brasileiro da modalidade, realizado no último final de semana, na cidade
de Caxias do Sul (RS), não foram competir por falta de patrocínio para
as despesas de viagem, alimentação e hospedagem.

De acordo com o presidente da Associação Três-lagoense de Luta de
Braço (ATLB), José Carlos Vicente Queiroz, a modalidade sofre com a
falta de patrocínio. Tínhamos dois campeonatos para disputar, esse no
Sul e  outro, em agosto, na cidade de Valinhos (SP). Porém, como existe
essa dificuldade para conseguir verba para custear as competições,
decidimos em reunião com os atletas, optar pelo torneio de Valinhos,
onde estamos em 3º lugar. Para esse torneio vamos contar com o apoio da
Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte)”.

Em ambas as competições os atletas três-lagoenses compõem a delegação
de Mato Grosso do Sul que vai para Caxias do Sul, o estado detém a
quinta colocação. Alguns atletas de Campo Grande dividiram os gastos
para poder participar do torneio e representar MS na competição. Mesmo
com o desfalque dos competidores de Três Lagoas, o estado trouxe onze
medalhas (sete ouros, três prata e um bronze).

Vicente informou que o gasto médio de cada atleta com transporte,
hospedagem, alimentação e taxa de inscrição, para participar dos
torneios que tem duração de dois a três dias, não sai por menos de
R$500.

O presidente da ATLB esclareceu que infelizmente, como outras
modalidades, a luta de braço sofre com a falta de apoio, “Vários
esportes passam pelo mesmo problema, como o nosso. Umas modalidades
recebem R$200 mil e outras mil reais, ou nem isso, não é justo. Teria
que ser reavaliado essa forma de distribuição. Não peço somente pela
luta de braço, mas também por outros esportes. Devemos ser mais justos”.

 “Contamos com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes, Juventude
e Lazer (Sejuvel), que nos ajuda como pode, mas nem sempre é o
suficiente, entendemos também que nem tudo depende  da Secretária”.
Vicente ressaltou que mesmo a cidade sendo considerada a capital
estadual da modalidade, não possui um centro de treinamento. Os
competidores contam com desconto em algumas academias parceiras da
modalidade, onde treinam musculação durante a semana. Aos sábados fazem
os treinamentos técnicos e táticos no salão do próprio presidente da
Associação.

O secretário da Sejuvel, Walter Dias, explicou que a Secretaria está
impossibilitada de repassar recursos financeiros para Associações e
times, já que toda a verba disponibilizada do esporte, passa pelo Poder
Legislativo, que aprova ou não a destinação do recurso. “O apoio e ajuda
as modalidades não depende da Sejuvel, só destinamos recursos mediante a
aprovação da Câmara Municipal, por meio de projeto, como acontece no
caso do Misto. Por mais que exista a vontade de apoiar, precisamos
cumprir a lei”, finalizou Walter.

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