Brasil não repete jogo perfeito e perde para Croácia no basquete dos Jogos Olímpicos
Time mostrou mesma raça da partida contra Espanha, mas abusou dos arremessos errados
O basquete masculino do Brasil entrou em quadra nesta quinta-feira (11) com o pensamento de que poderia vencer qualquer adversário pelo que já aconteceu nestes Jogos Olímpicos. A história, no entanto, teve contornos parecidos, mas acabou diferente na Arena Carioca 1. O time perdeu para a Croácia por 80 a 76 (41 a 31 no intervalo). O pivô Bojan Bogdanovich foi o cestinha com 33 pontos.
A vitória deixaria qualquer um dos times em situação confortável na chave, disparada a mais equilibrada da competição. Brasil e Croácia chegaram para a partida cada um com uma vitória (sobre a Espanha) e uma derrota (para Lituânia e Argentina, respectivamente).
De olho em repetir o sucesso da última terça, o técnico Ruben Magnano levou à quadra a mesma equipe que havia vencido a esquadra espanhola. Marcelinho, Leandrinho, Marquinhos, Augusto Lima e Nenê começaram bem, mas relaxaram demais e perderam o primeiro quarto por dois pontos de diferença.
A Croácia tem aquele típico time enganoso. Com apenas três jogadores na NBA (Bojan Bogdanovich, Mario Hezonja e Dario Saric) contra cinco do Brasil por exemplo (Marcelinho, Raulzinho, Leandrinho, Felício e Nenê) pouca gente apostava em dificuldade para os donos da casa. Com a bola no ar, não foi bem assim. As bolas de três pontos dos croatas se mostraram matadoras ao longo de toda a partida.
A situação foi se complicando já no segundo quarto, quando os adversários terminaram com dez pontos de vantagem. A torcida ficou tímida, mas não deixou de incentivar, principalmente, após Nenê, que tem histórico de vaia por aqui, perder um lance livre depois de alguns erros sucessivos. A química entre arquibancadas e jogadores reapareceu com a entrada de Benite. O ex-jogador do Flamengo se aproveitou de uma cesta e falta, uma bola de três e a boa marcação para ouvir a estreia do grito “uh defesa, uh defesa”.
Do jogo contra a Espanha, sobrou a mesma garra e vontade até o final e isso animava a Arena Carioca 1. Augusto Lima e Nenê levantaram a torcida com suas enterradas e Marcelinho calibrou a mão. Ainda assim, o time andou perdendo arremessos decisivos e o relógio foi então o pior inimigo. Para piorar, o armador Saric e o pivô Bogdanovich estavam inspirados.
A três minutos do fim, a diferença estava em apenas três pontos e o Brasil desperdiçou um importante ataque. No lance seguinte, a Croácia, claro, acertou mais uma bola de três com Bogdanovich e silenciou o ginásio. Os anfitriões ainda enconstaram mais algumas vezes, Marquinhos, salvador na última partida, veio para o jogo, mas não deu.
Agora, a seleção brasileira, do técnico argentino Ruben Magnano, enfrenta a própria a seleção argentina no sábado, (13), de novo às 14h15, também na Arena Carioca 1. As duas equipes já se encontraram na última edição dos Jogos Olímpicos. Na ocasião, os hermanos levaram a melhor, nas quartas de final.
fonte: R7