futebolNoticias

Dunga avalia Eliminatórias e avisa torcedor brasileiro: “Vamos sofrer”

compartilhe agora

Treinador da Seleção Brasileira prevê dificuldade nas Eliminatórias para a Copa 2018 e reconhece desconfiança da torcida, apesar do bom aproveitamento

fonte: goal.com

Tudo o que o torcedor brasileiro viu nos últimos anos pode se repetir nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Na véspera da estreia na competição, contra o Chile, Dunga se pronunciou e demonstrou ceticismo quanto a uma possível tranquilidade na fase classificatória para o principal o torneio que será disputado na Rússia. O treinador pede para que os apaixonados pela Seleção se acostumem com as dificuldades.

“Nós somos Brasil, na hora boa e na ruim. Vamos passar dificuldades, teremos que trabalhar muito, vamos precisar do apoio do torcedor, do carinho. Precisamos do incentivo para que eles possam ter certeza que podem arriscar a jogada dentro do campo. Que o torcedor tenha a paciência de nos empurrar para frente”, declarou.

 

Alvo de desconfiança da torcida apesar do excelente aproveitamento, 90,1%, conforme imagem acima, o treinador crê que ainda é alvo de desconfiança da torcida brasileira e, por isso, revela o que é necessário para evitar este sentimento.

“Só com vitórias, só ganhando. Se os jogadores lá de fora sabem da história, eu vou lembrar: Zagallo ganhou tudo e tinha desconfiança. Parreira ganhou e tinha desconfiança. Todo mundo que chega onde estou sofre com desconfiança. Hoje o Tostão é um jornalista e está falando isso e, em 1970, tinha desconfiança com aquele time. É normal. Não tem outra forma, tem que trabalhar, lutar e buscar vencer isso”, afirmou.

Confira os principais trechos da coletiva de Dunga:

Presença de Cafu na comissão
Acho que lógico que ser campeão mundial é superimportante na nossa carreira, mas principalmente mostrar a trajetória desses jogadores, o preço que eles tiveram que pagar para chegar ao título. E também grandes jogadores que não tiveram essa oportunidade a dificuldade que é jogar uma Eliminatória, uma Copa do Mundo e o preço que se paga para jogar contra as principais Seleções.

Necessidade de equilíbrio
Você não pode ficar só se defendendo, mais ou menos como um pugilista. Se você ficar só se defendendo, uma hora ele vai te golpear. Tem que haver um equilíbrio entre defesa e ataque.

Ausência de Vidal
É difícil de falar, temos que nos preparar da melhor maneira possível esperando a equipe do Chile que vem com os jogadores que têm atuado quase sempre e buscando a opção de um ou outro não entrar em campo. Vamos trabalhar com a ideia de que eles vão repetir o time que vem jogando constantemente.

Impossibilidade de treinar no campo de jogo
Nós respeitamos o regulamento. O ideal é que os jogadores que os jogadores tivessem um treinamento com o material que vai ser utilizado no dia do jogo. Nós optamos porque ir treinar de tênis 45 minutos em um campo molhado, ele pode escorregar, se machucar. O ideal é que pudessem treinar com material de jogo onde vão jogar

Cobrança na Seleção Brasileira
Normal, em 1994, fomos campeões e na Copa América seguinte tivemos a cobrança. Em 2002, fomos campeões e em 2006 uma pressão absurda. Cinco vezes campeão do mundo, em cada competição temos que vencer. Você ganha e no outro dia está sendo cobrado. Tem a insistência de falar que bom é o espetáculo, mas a gente cobra o resultado. Essa cobrança tem, eu tenho no meu trabalho, você tem no seu jornal quando escreve uma coisa ou outra.

compartilhe agora