Fisiculturista de Três Lagoas luta por patrocínio para continuar competindo
O três-lagoense Gilson Macedo de 33 anos, atleta de fisiculturismo que possui um curriculum invejável no esporte, luta por um patrocínio para continuar disputando as competições que tem pela frente este ano.
Campeão Estadual em 2014; vice em 2015; campeão da Expo Fitness 2016 (Aberto em Campo Grande); 2017 vice-campeão Estadual novamente, desta vez, porém disputado em Dourados; e 5º no Aberto de Santos.
Sempre levando o nome da cidade nas competições em que disputa, Gilson atualmente é o sétimo melhor atleta da categoria Sênior no país.
Para as competições deste ano, ele vem enfrentando uma série de problemas e uma delas é a sua condição financeira.
Sem apoio para continuar levando o nome de Três Lagoas no topo do esporte, a saída segundo ele é lutar por patrocínios de pessoas que queiram ajuda-lo.
Gilson conta que hoje, quem o apoia é os amigos, que arrecadam qualquer quantia em dinheiro para que ele não desista de representar o município nas competições que disputa pelo Estado e também pelo Brasil a fora.
“Eu venho lutando porque realmente não tenho condições. Conto com a mobilização dos amigos e também de alguns comerciantes. Eles se juntam em uma força tarefa e me ajudam, e eu tenho muito a agradecê-los pela confiança. Esta é o único apoio que recebo para continuar em atividade no esporte”- reforça.
De acordo com o atleta, o esporte exige que ele treine bastante e se alimente bem, porém se esbarra nos custos para mantê-lo em condições para competir em alto nível.
Por mês segundo ele, o gasto com alimentação é de R$ 900, já com suprimentos chega a gastar mensalmente R$ 800. Para participar dos campeonatos, é gastos a parte, pois tem que pagar a inscrição da competição que vai disputar, além da viagem, e hospedagem.
“Treino bastante, faço uma boa dieta para me manter em forma, mas os problemas são as despesas. Não tenho condições financeiras de seguir competindo, por isto preciso urgentemente de um patrocínio. Hoje eu treino e depois saio à procura de patrocínios. Felizmente ainda encontro amigos, que me ajudam como podem”- diz o atleta.
Gilson diz que tem uma alimentação regrada e chega a consumir por dia; 1,400 Kg de frango, 20 ovos, 1 Kg de batata doce, 1 kg de arroz, todos alimentos ricos em carboidratos e proteínas, e é o que ele precisa para se manter em plenas condições para competir no esporte.
Para treinar, ele revela que recebe a ajuda do proprietário de uma academia na cidade, que não cobra a mensalidade e ainda o deixa treinar a qualquer hora do dia.
Atualmente é treinado por um instrutor de Caçapava- SP, que passa toda a orientação via redes sociais. “Nós conversamos pelas redes sociais, e ele me passa todo o procedimento. Quanto mais preparação o atleta tiver, mais qualidade terá para competir e apresentar os melhores resultados” – destaca.
Mundo das drogas
O amor pelo esporte começou há 17 anos, mas teve uma pausa quando acabou se envolvendo no mundo do crack.
Conforme revela, se envolveu neste mundo por quatro anos e não pode mais competir, chegando a enfrentar uma forte depressão.
Conseguiu uma internação há aproximadamente seis anos, onde conseguiu se resgatar do mundo perverso, e a reconquistar novamente a dignidade, o carinho e o respeito da sociedade.
Gilson relembra que naquela época, acabou entrando no mundo das drogas através de más influências.
Para ele a felicidade, estava nas festas, baladas e nas drogas. Segundo relata, descobriu a tempo, antes de acabar com a própria vida que tudo não passava de um mundo de ilusão.
Mas o que de fato, o trouxe de volta para a realidade, e para a verdadeira felicidade, foi o esporte, e ele voltou novamente a praticar o que mais gosta, e a competir com os melhores do Brasil.
“A partir do momento em que eu me resgatei do mundo das drogas, muitos ainda não acreditavam, e eu respondia com boas atitudes”- finaliza o campeão.
fonte: Hoje Mais/ Albecyr Pedro