Gabigol e Philipe Coutinho são destaque em amistoso contra o Panamá
Gabriel, o Gabigol: Marcar gol na estreia com a amarelinha é bom sinal.
Gabriel saiu de campo feliz, pela atuação, pelo gol e foi logo solicitado para as entrevistas habituais de depois do jogo, ainda no gramado. Aí foi a vez de se sentir surpreso – afinal, lembravam-lhe, alguns jogadores que estrearam com a amarelinha balançando as redes tiveram vida longa e brilhante na Seleção Brasileira.
O primeiro citado foi ninguém menos que Pelé, que igualmente saiu do banco de reservas, no Maracanã, em 1957, para marcar o seu primeiro em cima da Argentina. Rivaldo e Neymar também deixaram os seus, e a relação é de deixar o estreante da vez com uma enorme responsabilidade.
– Não dá para fazer essas comparações. O Neymar, eu sabia que tinha feito gol na estreia, e foi aqui nos Estados Unidos. Mas o Pelé…tomara que seja uma coincidência positiva.
O atacante fez pela Seleção o que está acostumado a fazer no Santos. Gol não é mistério para ele, antes parece uma vocação. Não que seja convencido, que se ache já um artilheiro; ao contrário, sabe que está apenas começando a carreira e tem muito o que aprender. Mas o primeiro gol é para guardar para sempre, como será este que ele marcou na vitória sobre o Panamá, em um chute colocado, com categoria.
– A bola sobrou e só tive que ter a calma para concluir. É um lance que não dava para desperdiçar.
Phillipe Coutinho vai bem e sai aplaudido.
Phillipe Coutinho é desde jovem um jogador de Seleção. Passou por todas as seleções de base, nelas conquistou títulos e mostrou um futebol promissor tanto com a camisa amarela quanto no seu primeiro clube, o Vasco da Gama, e por isso foi parar no futebol europeu – passou pela Itália, Espanha, até brilhar no Liverpool, da Inglaterra, onde é querido pelos torcedores.
Talento, é sabido, ele tem de sobra. Faltava uma atuação expressiva na Seleção Principal, o que aconteceu neste domingo, em Denver, na vitória de 2 a 0 sobre o Panamá. Escalado de saída, resultado dos bons treinamentos que teve durante a semana de preparação em Los Angeles,Coutinho mostrou desde os primeiros minutos que “queria jogo”.
Jogador que tem um excelente toque da bola, fez da troca de passes com Renato Augusto e Douglas Santos, pelo lado esquerdo, e Elias e Daniel Alves, pelo direito, o melhor caminho para chegar à área do adversário. Foi assim, em vários lances que levaram perigo ao goleiro panamenho.
Coutinho chutou a gol, se movimentou, buscou o drible, enfim, jogou o que sabe e está acostumado. Saiu aplaudido de campo e com o sentimento de que cumpriu bem o seu papel: conseguiu se destacar individualmente e foi importante para o coletivo.
Mas nada disso – nem os elogios que recebeu – tira a consciência de que, a despeito de lutar por uma vaga de titular, ele faz parte de um grupo que tem um objetivo: tentar a conquista da Copa América.
– Claro que estou satisfeito, tive a oportunidade de começar jogando, mas o importante é saber que faço parte de um grupo, em que todos têm condições de ser escalados. A Seleção Brasileira está acima de tudo. Sendo titular ou não.
fonte:CBF
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