“Ideia é votar pela paralisação”, diz presidente do Sindárbitros-MS
João Lupato é favorável que os árbitros de futebol do país entrem em greve para protestar contra o veto ao direito de arena na MP do Futebol, convertida em lei
Inconformidade com o veto presidencial ao direito de arena dos árbitros na aprovação da Medida Provisória 671 (MP do Futebol). É o que pretendem demonstrar os árbitros de Mato Grosso do Sul, em assembleia geral nessa quinta-feira em Campo Grande e outras sete delegacias regionais. A classe deve votar a favor de uma possível greve que pode paralisar todas as Séries do Campeonato Brasileiro. Os 27 sindicatos de arbitragem do país vão discutir essa pauta na próxima quinta-feira.
O presidente do Sindárbitros-MS, João Lupato, lamenta que a presidenta Dilma Rousseff tenha vetado o artigo que previa repasse de 0,5% dos valores de transmissão da TV aos árbitros de futebol.
– Esse item foi aprovado por deputados e senadores depois que uma comissão fez estudos aprofundados sobre a matéria. O problema é que foi vetado sem base nenhuma. Nossa ideia é de votar pela paralisação. Vamos colher as assinaturas dos árbitros e encaminhar ao jurídico da entidade – disse Lupato.
O Sindárbitros-MS reúne 206 árbitros de várias modalidades desportivas, mas cerca de 170 são do futebol. Em torno de 115 árbitros e assistentes pertencem aos quadros da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e atuam profissionalmente, tanto nos campeonatos estaduais como nos nacionais.
O repasse de 0,5% dos direitos de transmissão da TV significaria, segundo Marco Antônio Martins, presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), R$ 9 milhões, que seriam distribuídos à classe por campeonato. Ainda de acordo com Martins, isso renderia algo em torno de R$ 10 mil por partida ao quarteto de arbitragem. Atualmente, os árbitros que possuem escudo Fifa ganham cerca de R$ 4 mil por jogo. Um aspirante à Fifa recebe por volta de R$ 3,2 mil e os demais ficam com R$ 3 mil, todos em valores brutos.
fonte:globoesporte/ms