“Não há problema”, diz engenheiro sobre marquise do estádio Morenão
Carlos Portugal, contratado pela FFMS para fazer vistorias, aponta que estrutura está íntegra; já o engenheiro Eduardo Aleixo vê necessidade de pequenos reparos internos
fonte: globoesporte/ms
A marquise do estádio Morenão não apresenta nenhum problema estrutural. Essa foi a conclusão preliminar do engenheiro civil Carlos Portugal, contratado pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) para vistoriar a cobertura das arquibancadas do local. Acompanhado do engenheiro Eduardo Aleixo, Portugal fez análises visuais da estrutura na manhã desta quarta-feira e concluiu, previamente, que a obra está em ótimas condições.
– A conclusão a que chegamos é que ela [a marquise] está absolutamente íntegra. Não teve nenhuma deterioração, nenhum movimento anômalo. Não existe nenhum problema com relação à estrutura – disse.
Em setembro de 2014, o Ministério Público Estadual vetou o uso do Morenão para jogos profissionais com base em um laudo de engenharia paralelo que apontava uma série de problemas na infraestrutura do estádio. À época, o Morenão tinha laudos de engenharia vigentes até 3 de dezembro de 2014, segundo relatório da FFMS.
Carlos Portugal conhece bem o Morenão. No início da década de 1970, alguns meses após a inauguração do estádio, o engenheiro participou dos trabalhos de execução da marquise e também dos reforços feitos em sua estrutura. Desde quando foi erguido, em 1971, o Morenão passou por algumas reformas pontuais. A principal delas, ocorrida em 2009, foi a aplicação de uma manta impermeabilizante sobre a marquise. O engenheiro Carlos Portugal explica que esse serviço foi feito para aumentar a vida útil da estrutura.
– Desde a época da construção, foi feita uma impermeabilização, só que era outro material e deu problema, pois entupiu as saídas de água pluvial. Então ficou um certo tempo sem impermeabilização. Evidente que a longo prazo daria problema estrutural. Embora sendo inclinada a marquise, esses problemas sempre seriam localizados e pequenos. Mas em função de aumentar a vida útil, foi feita impermeabilização com manta e placa reflexiva. É a melhor que existe para esse tipo.
Aleixo, por sua vez, ficou incumbido de vistoriar aspectos referentes à segurança do público que frequenta o Morenão. Acessibilidade, sanitários e elementos de segurança para separar as torcidas foram alguns itens verificados. O engenheiro afirma que há necessidade de reparos.
– Existem alguns pontos que devem ser considerados, especialmente na parte de segurança, com base no plano de prevenção a incêndio e pânico. São itens como isolamento de torcida, instalação de luzes e sinalização de emergência, entre outros – diz.
Questionado sobre a necessidade de um reforma geral no Morenão, Carlos Portugal foi cauteloso mas não descartou que o estádio requer manutenção sempre.
– O que acontece é que a vida evoluiu, então os estádios também. Hoje, por exemplo, não se admite mais esse fosso. Os parapeitos têm altura que era condizente com a legislação da época, hoje são um pouco diferentes. Então, precisa ter bom senso para avaliar o que tem de ser feito. Mas toda obra é viva, precisa de manutenção e de ser cuidada.
Os engenheiros devem entregar à FFMS um laudo na próxima semana, em que vão apontar as conclusões da vistoria.
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