Palmeiras respira aliviado mas não escapa de se zoado.
O ano do centenário palmeirense,
na qual a torcida sonhou com grandes conquistas, terminou com grande pressão no
último jogo do ano. Mas o presidente Paulo Nobre,
pôde respirar aliviado em seu camarote no Palestra Itália. O time que
ele montou foi incapaz de ir além do empate por 1 a 1 com o Atlético-PR,
sem pretensões no Brasileiro. Impossível não vaiar essa equipe. O
rebaixamento, porém, não veio porque o Santos venceu o Vitória, em
Salvador.
A única vitória que os mais de 33 mil pagantes no
estádio do Verdão viram nesta tarde foi o xará baiano, que parou no
Santos no Barradão. A camisa verde, campeã do século XX, dona de mais
títulos nacionais entre todas do futebol brasileiro, mais uma vez, foi
mal representada.
Lúcio personificou o desastroso ano, não
acertando quase nada e contribuindo para Ricardo Silva abrir o placar
para os paranaenses, aos nove minutos de jogo. Dez minutos depois, um
pênalti duvidoso deu a Henrique a chance de converter e empatar, aos 19
do primeiro tempo. Um raro momento de alegria para uma torcida cansada
de sofrer.
Wesley, vaiado antes mesmo de o jogo começar, invalidou
o esforço de Valdivia, que jogou sem condições físicas e viu o volante
interromper ataques sempre que tocava na bola. Para piorar, o ano
terminou com Victorino formando com Lúcio a mesma zaga que levou 6 a 0
do Goiás. Nomes que explicam a tensão que dominou o estádio e só não
virou tragédia graças ao Vitória, mais incapaz do que o Palmeiras e, por
isso, rebaixado – o Bahia, que também podia passar o
Verdão, perdeu para o Coritiba, no Paraná.