Patrocinadores ameaçam deixar a Fifa se não houver mudanças
Mergulhada no maior escândalo de corrupção da sua história, a Fifa sofreu novamente pressão da parte dos seus maiores patrocinadores, que cobraram nesta quarta-feira mudanças profundas, pedindo que dirigentes de fora assumam o comando da entidade.
Em audiência no Parlamento britânico, executivos da Coca-Cola, McDonald’s, Anheuser-Busch Inbev (matriz Budweiser) e Visa, quatro dos maiores patrocinadores da organização, ameaçaram até deixar de apoiar a entidade.
Essas quatro empresas já haviam pedido a saída imediata do presidente demissionário Joseph Blatter no dia 3 de outubro, uma semana depois da abertura de um processo penal contra o suíço, que deixará o cargo em fevereiro.
O cartola não cedeu, mas acabou sendo suspenso por 90 dias pelo comitê de ética da Fifa.
Mesmo assim, os patrocinadores continuam mantendo a pressão, exigindo que sejam cumpridas as promessas de reformas feitas por Blatter em julho.
“Se não estivermos satisfeitos neste ponto, vamos reavaliar nossa parceria”, ameaçou Ellen Richey, vice-presidente da Visa, diante dos parlamentares britânicos.
“A crise na Fifa é algo inédito no mundo do esporte, isso é inaceitável, e precisa mudar”, criticou por sua vez Julian Hilton-Johnson, vice-presidente da McDonald’s.
“Procuramos pessoas de fora, independentes, para levar a cabo este processo de reformas”, avisou Peter Franklin, diretor de assuntos esportivos da Coca Cola.