Pivô critica ’10 anos sem dono’ da seleção de basquete, mas acredita em pódio na Rio 2016
Há 20 anos, a seleção brasileira feminina de basquete concluía sua melhor campanha na história dos Jogos Olímpicos: o segundo lugar em Atlanta 1996. Três anos depois, mais uma medalha, o bronze em Sydney 2000.
Os últimos anos, contudo, foram de crises e incertezas para a equipe, que não aparece entre as favoritas para subir no pódio no Rio de Janeiro. Nada que desanime, contudo, a pivô Kelly, uma das mais experientes do elenco.
“Acredito muito que podemos mudar situação. Se não acreditasse não estaria aqui perdendo tempo. O basquete sempre foi um esporte de superação. Não era diferente de 2000, era time que tinha saído Paula e Hortência, ninguém acreditava, e ganhou o bronze. Se aconteceu aquela vez, pode acontecer agora”, declarou Kell.
Para a jogadora, que vai para a disputa da sua quarta Olimpíada, a falta de um padrão no comando da seleção foi o grande problema da seleção nos últimos anos.
“A seleção estava sem dono, sem direção. Em 10 anos, tiveram sete treinadores diferentes, sinal que não se encontrou um caminho. Minha preocupação maior é a geração mais nova, de perder referência. Não consigo achar um culpado, mas nos últimos 10 anos o Brasil jogou sem padrão”, declarou.
Desde dezembro de 2015, o comandante é Antonio Carlos Barbosa, técnico que está em sua terceira passagem pela seleção, e para quem Kelly é só elogios.
“Sou suspeita, sempre fui admiradora do trabalho do Barbosa. Tem tudo para recuperar o nome da seleção, tem padrão, filosofia, é um ótimo gestor de pessoas. Ele faz as coisas simples, e muitas pessoas não entendem que na simplicidade acaba se chegando longe”, finalizou a atleta.
A seleção feminina de basquete está no grupo A dos Jogos Olímpicos Rio 2016, ao lado de França, Japão, Austrália, Belarus e Turquia. A estreia ocorre no dia 6 de agosto, contra a equipe australiana.
fonte: ESPN