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Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal

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Ricardo Teixeira foi indiciado pela PF por quatro crimes
Getty Images

  Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de
Futebol), foi indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes, segundo
reportagem publicada o site da revista Época e confirmada por uma fonte da Polícia Federal ouvida pelo R7: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público.


As denúncias contra o cartola tiveram origem em uma série de reportagens do Jornal da Record, e influenciaram diretamente na saída de Teixeira do comando da CBF, em 2012.


O Jornal da Record trouxe à tona o esquema de propina
envolvendo as empresas ISL e Sanud, entre outros, que teriam rendido
mais de US$ 9,5 milhões a Teixeira e seu sogro, o ex-presidente da Fifa
João Havelange.


Também segundo a reportagem da Época, Teixeira movimentou R$
464,56 milhões em suas contas durante o período da Copa do Mundo de
2014, disputada no Brasil. O cartola foi presidente do Comitê
Organizador Local da Copa entre 2009 e 2012, quando renunciou ao cargo.


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Diz o documento obtido pela revista: “Juntada das informações do Coaf,
onde constam informações sobre altas movimentações financeiras
realizadas por Ricardo Terra Teixeira, no montante de R$ 464.560.000,00 (
quatrocentos e sessenta e quatro milhões, quinhentos e sessenta mil
reais), entre os anos de 2009 e 2012, sendo que tais foram considerados
atípicos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)”.


O relatório da Polícia Federal informou ainda que Teixeira mantinha
contas no exterior e repatriou valores para poder comprar um apartamento
no valor de R$ 720 mil, no Rio de Janeiro, que valeria, na verdade,
cerca de R$ 2 milhões. Quem vendeu o apartamento para Ricardo Teixeira
foi Cláudio Abrahão. Sua família é dona do Grupo Águia, fornecedor da
CBF.


Ricardo Teixeira tem ainda outras propriedades milionárias, no Brasil e
no exterior, que não condizem com os salários que recebia como
presidente da CBF.


O cartola também está sendo investigado no escândalo de corrupção da
Fifa que já mandou sete dirigentes para a cadeia, mas, até o momento,
seu nome não apareceu como envolvido.

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