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Agredido, árbitro de MS registra BO contra zagueiro do Guarani

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A súmula da final da Série C foi pesada para o Guarani. O árbitro sul-mato-grossense Marcos Mateus Pereira relatou todo o tumulto que marcou a partida vencida pelo Boa Esporte por 3 a 0 , em Varginha, a começar pela agressão que sofreu de Ferreira, aos 17 minutos do segundo tempo. O zagueiro bugrino, inconformado com a expulsão, partiu para cima do juiz e o empurrou no chão. A vítima ainda confirmou no documento que registrou um boletim de ocorrência no 24º Batalhão da Polícia Militar da cidade.

– Expulsei de forma direta o atleta de número 3 da equipe do Guarani F. C., senhor Antonio Ferreira de Oliveira Júnior, por desferir uma cotovelada na altura do peito de seu adversário de número 11, Rodolfo José. Após a expulsão o atleta expulso veio em minha direção e me agrediu com um empurrão na altura do peito me jogando ao solo. Cabe salientar que o atleta teve de ser contido pelos seus companheiros até a entrada da polícia militar em campo e ofereceu resistência para sair do campo de jogo – escreveu o árbitro.

Em postagem nas redes sociais, o zagueiro Ferreira se desculpou pela atitude, mas continuou na bronca com a postura da arbitragem, a qual classificou como “covarde”. Para o defensor bugrino, ele não fez nada contra Rodolfo para merecer o cartão vermelho direto.

– Quero dizer que estou muito triste por não ter conseguido o título, lutamos muito, mas infelizmente o futebol é assim, quero agradecer o carinho e o apoio da nação bugrina pelo ocorrido hoje na partida, infelizmente fui expulso hoje num lance que estou procurando entender até agora, foi errado da minha parte te perdido a cabeça? Foi mas naquele momento passou um filme na minha cabeça, o quanto trabalhamos com seriedade, comprometimento, empenho e etc… pra chegar nessa final, e ser manchado de uma forma tão covarde, não pude me conter, peço desculpas a todos, garanto a vcs que não existe ninguém mais triste do que eu nesse momento (sic) – escreveu na sua conta pessoal do Instagram.

Além da confusão com Ferreira, Marcos Mateus Pereira relatou os acontecimentos que mancharam em partes o clima da final. Um confronto entre PMs, torcedores e jogadores do Guarani transformou o gramado do Estádio Dilzon Melo em um campo de batalha, com uso de bombas de efeito moral e spray de pimenta para dispersar os milhares de bugrinos (alguns foram até levados para a delegacia após a partida) e também os atletas, irritados com a truculência dos policiais.

– Após o término da partida iniciou-se um tumulto generalizado no setor do estádio onde se encontrava a torcida do Guarani F. C. Corrimões metálicos foram arrancados pelos torcedores e jogados arquibancada abaixo. Foi necessário a intervenção da polícia militar. Até o final da confecção desta súmula a polícia militar ainda não havia finalizado o boletim de ocorrência dos fatos ocorridos no estádio – diz a súmula, que também acusa o uso de sinalizadores na torcida do Bugre.

Tais fatos certamente vão parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Pela agressão ao árbitro, Ferreira corre risco de pegar uma suspensão grande e ficar um tempo sem jogar futebol. Já o Guarani, reincidente, deve perder mais alguns mandos de campo na próxima edição da Série B. O clube já tem uma partida a cumprir, pela invasão de campo e tumulto na vitória sobre o ASA, em Campinas. Por tudo que aconteceu em Varginha, a tendência é que a pena seja expressiva.

fonte: globoesporte

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