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Amistosos de Messi lavavam dinheiro de cartel do tráfico mexicano

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De acordo com o “El Mundo”, testemunha secreta revela uso dos jogos em 2012 e 2013 por Los Valencia e afirma que jogador e seu pai tinham conhecimento

fonte:GloboEsporte.com

Motivo de dor de cabeça para Messi nos últimos dois anos, os jogos amistosos realizados pelo craque com convidados em 2012 e 2013 estão novamente no noticiário policial. De acordo com o jornal madrilenho “El Mundo”, uma testemunha secreta revelou à Agência Antidroga dos Estados Unidos que os jogos beneficentes também eram utilizados para lavar dinheiro de um cartel do narcotráfico méxicano Los Valencia.

A publicação diz que a testemunha garante que Messi e seu pai tinham conhecimento do uso das partidas, que são alvo da Justiça espanhola desde dezembro de 2013. Na época, o próprio “El Mundo” divulgou a denúncia de que os jogos – organizados pela Fundação Messi, controlada pelo pai do atleta, Jorge – poderiam ser meio de lavagem de dinheiro para cartéis colombianos. A grande novidade seria o testemunho de uma pessoa presa nos EUA, que vem colaborando constantemente e está protegida pelo sistema local.
Desta vez, a reportagem do jornal diz que, além dos traficantes da Colômbia, o cartel de Los Valencia também usou os jogos para lavar grandes quantidades de dinheiro. O esquema seria igual: falsificar a venda de entradas da “fila 0”. Como tratava-se de um evento beneficente, a justificativa era de que os compradores estariam apenas colaborando, sem comparecer ao estádio. A manobra complicaria a comprovação da quantidade de bilhetes comercializados e levantaria pouca suspeita. À frente da Fundação Leo Messi, o pai do craque faria o papel de intermediação com os traficantes de drogas, garantindo a participação de jogadores famosos em troca de uma porcentagem da lavagem do dinheiro, de 10% a 20%.

Em janeiro, o suposto representante de Messi na Argentina, Guillermo Marín, admitiu que desviou dinheiro das partidas para paraísos fiscais, segundo o jornal “El País”. Durante o interrogatório, o empresário teria mudado de opinião diversas vezes. A princípio, ele teria dito que Messi não cobrou nada por suas aparições, mas depois contou que a fundação do atleta recebeu 300 mil dólares pelos jogos. O dinheiro foi transferido para uma conta do First Caribbean International Bank, de Curaçao, para uma sociedade chamada Mandatos Valneg.

Os jogos sob investigação aconteceram em 2012 e 2013 em Cancún e Quintana Roo (México), Bogotá e Medellín (Colômbia), Lima (Peru), Los Angeles e Miami (EUA). Tanto Messi como os jogadores do Barcelona que o acompanharam em algumas dessas partidas como Daniel Alves, Mascherano e José Manuel Pinto, negaram à polícia que receberam cachê para participar dessas partidas. Mas admitiram que foram pagos os deslocamentos e a hospedagem. As fundações que receberiam as verbas das partidas, por sua vez, teriam denunciado que o dinheiro nunca foi recebido.

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