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Brasil busca fim da hegemonia africana na São Silvestre após jejum de 6 anos

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Marilson dos Santos foi o último brasileiro a vencer prova no masculino, em 2010, e Lucélia Peres venceu em 2006. Estrangeiros de seis países estão confirmados na elite

Os nomes mudam, mas o continente se faz sempre presente. Seja de países como Quênia ou Etiópia, o domínio africano na São Silvestre prevalece há mais de duas décadas. O Brasil, que não não ganha a prova desde 2010, entre os homens, e 2006, na disputa feminina, tem como missão dar fim ao jejum e impedir mais um pódio estrangeiro em São Paulo. O queniano Stanley Biwott levou a melhor no ano passado, enquanto a etíope Ymer Ayalew, tricampeã, defende o título. Campeã da Maratona de Londres e dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Jemima Sumgong, do Quênia, também está confirmada. A prova de 15 km, que fecha o calendário de 2016 em 31 de dezembro, reunirá cerca de 30 mil atletas de sete países na elite pelas ruas da cidade: Brasil, Quênia, Tanzânia, Etiópia, Colômbia, Bolívia e Alemanha.

A largada será na Avenida Paulista, na altura da rua Ministro Rocha Azevedo, com chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero. Os primeiros serão os cadeirantes, às 8h20, pelo horário de Brasília. Em seguida, às 8h40, sairá a elite feminina. Às 9h, é a vez da elite masculina, além de atletas com deficiência e o pelotão geral. A TV Globo transmite o evento ao vivo, dentro do Esporte Espetacular, e o GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real.

A hegemonia africana começou em 1992, quando o queniano Simon Chemwoyo deu o título ao continente – no ano seguinte, ele repetiu o feito. De lá para cá, foram 18 vitórias de africanos contra seis dos brasileiros. Marilson foi o último brasileiro a vencer a disputa de 15km, em 2010, e Lucélia Peres foi a mais rápida entre as mulheres em 2006. 

Da Etiópia, estarão presentes Leul Aleme e Dawit Admasu, campeão da São Silvestre de 2014, a Tanzânia terá como destaques Augustine Sulle e Gabriel Geay, e o Quênia deposita as suas esperanças em Paul Kemboi, que venceu a Tribuna em 2016, William Kibor, vencedor da Meia Las Vegas, e Mathew Cheboi, campeão da Meia Internacional de São Paulo em 2007.

Entre as mulheres, o domínio teve início com a queniana Hellen Kimayio, em 1993. Foram 15 vitórias das corredoras da África contra cinco das locais. Neste ano, além da atual campeã da prova e de Jemima, outras candidatas ao pódio são as tanzanianas Faliluna Matanga, campeã da 10K Rio 2014 e da Tribunal 2016, e Jaclyn Sail, terceira na São Silvestre em 2013; a queniana Flomena Daniel, atual vencedora da Maratona de Saitama, no Japão, e a alemã Nadine Gill. 

Além da briga na elite do atletismo, a São Silvestre terá disputas entre cadeirantes, atletas com deficiência e um pelotão de amadores. Ao longo de seus 92 anos, a São Silvestre foi se adaptando a mudanças e à cidade, tendo feito 12 de percursos e 18 distâncias diferentes. A primeira foi em 1989, quando passou a ser à tarde, dando uma maior segurança para os atletas e público. Desde 2012, o evento ocorre pela manhã, como as grandes provas no mundo. 

fonte: Globoesporte.com

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