Conheça os 10 recordes da F1 que provavelmente nunca serão batidos
Em 70 anos de mundial de Fórmula 1, alguns números e fatos se tornaram únicos. Seja por atuações incríveis dos grandes campeões ou por circunstâncias diferentes e inusitadas, alguns fatos que já ocorreram podem nunca mais acontecer novamente.
E pensando nestes quase infinitos recordes e façanhas, chegamos a uma lista de dez que – por alguma razão – podem nunca mais ser testemunhados.
Mais jovem a participar de um GP: Max Verstappen, 17 anos e 166 dias
Depois de se tornar o mais jovem a participar de um evento da F1, no Japão em 2014 com 17 anos e 3 dias, Max Verstappen fez história no GP da Austrália de 2015 se tornando o mais jovem a largar em uma corrida. Entretanto, observando o precedente perigoso que uma estreia com tão pouca idade poderia abrir, a FIA fixou a partir de 2016 a idade de 18 anos como mínima para correr na F1, além do sistema de pontos para conseguir a superlicença. Por isso, é improvável que este recorde seja batido, a não ser que haja empenho político para isso nos bastidores da categoria.
Mais velho a vencer um GP: Luigi Fagioli, 53 anos e 22 dias (França, 1951)
Ao logo dos anos, a F1 mudou bastante. E se em seu início era comum termos pilotos acima dos 40 e 50 anos de idade alinhando para GPs, hoje em dia pilotos com mais de 40 anos – como atualmente Kimi Raikkonen – se tornaram verdadeiras moscas brancas. Tanto que o detentor do recorde de vencedor mais velho do mundial é o mesmo há 69 anos: Luigi Fagioli. Foi no GP França, disputado em Reims, que o italiano triunfou pela primeira e única vez na F1. Na era moderna, o piloto mais velho a triunfar na F1 é Nigel Mansell, que na Austrália em 1994 tinha 41 anos e 97 dias (sétimo no ranking histórico de vencedores mais velhos).
Campeão com seis corridas de antecedência: Michael Schumacher, 2002
Uma campanha com pódios nas 17 provas do ano rendeu o quinto título mundial de F1 a Schumacher na temporada de 2002. O feito é tão único que o alemão conquistou o campeonato no mês de julho, no GP da França – com seis etapas para o fim. O 100% de pódios é impossível de ser batido, apenas igualado. Já o número de corridas de antecedência, até dá para bater. Mas, convenhamos: vai ser bem complicado e talvez nunca aconteça.
Campeão por quatro equipes diferentes: Juan Manuel Fangio
De fato, nos anos 50 a F1 era um campeonato muito diferente do que o que assistimos nos dias de hoje. Sem os grandes impedimentos contratuais que vemos atualmente, era possível ver pilotos mudando de time a cada temporada. E se utilizando disso, o argentino Juan Manuel Fangio conseguiu seus cinco títulos por quatro equipes diferentes Alfa Romeo (1951), Mercedes-Benz (1954 e 55), Ferrari (1956) e Maserati (1957). Difícil imaginar algo assim nos dias de hoje, com poucos times disputando vitórias e programas de desenvolvimento para jovens “engessando” mais e mais a carreira dos melhores pilotos.
Campeão com um carro da própria equipe: Jack Brabham, 1966
Não é um recorde, mas uma façanha que pode ser igualada um dia. Mas é altamente improvável. A natureza experimental e garagista da F1 dos anos 60 fez o então bicampeão Jack Brabham montar sua própria equipe em 1962. Demorou dois anos para que o time vencesse pela primeira vez (nas mãos do norte-americano Dan Gurney) e mais dois para que Jack conseguisse seu terceiro e último título mundial. Um feito que quando olhamos para as circunstâncias atuais, com custos elevadíssimos e o alto nível de comprometimento dos pilotos com sua atividade, parece pouco crível que irá ocorrer novamente.
Maior número de pit stops em uma prova – Alain Prost, GP da Europa 1993: 7
O maluco GP da Europa de 1993 – único disputado em Donington Park – traz uma estatística interessante. O terceiro colocado na prova e pole position, Alain Prost, fez nada menos que sete paradas – um recorde em 70 anos de F1. Ninguém, em nenhuma das 1018 corridas já feitas, realizou tantos pit stops. É um número que já tem um potencial limitado de ser igualado, mesmo em um dia de clima maluco e acidentes. Para ser batido, certamente será muito mais complicado.
Menor número de pit stops em uma corrida – GP da Holanda, 1961: 0
Primeira corrida da história na qual nenhum piloto abandonou, o GP da Holanda de 1961 também entrou para os livros de recordes como sendo até hoje a única prova em que não houve pit stop. Absolutamente nenhum dos 15 pilotos que largaram foram aos boxes durante o GP – algo quase impossível de ser repetido, já que pit stops nos dias hoje duram em geral menos de três segundos e são obrigatórios de acordo com o regulamento. A prova em Zandvoort marcou também a primeira vitória de um piloto alemão na história: Wolfgang von Trips.
Corrida mais longa da história – GP do Canadá, 2011: 4h4min39s
Uma das corridas mais imprevisíveis da história da F1 teria que entrar nesta lista por seu recorde. Com uma paralisação devido à forte chuva, as 70 voltas do GP do Canadá foram concluídas em quatro horas e quatro minutos, um recorde em 70 anos de mundial. No entanto, por preocupações com a extensão das transmissões de TV, que naquele dia em alguns lugares do mundo tiveram mais de cinco horas, a F1 restringiu em quatro horas desde então o tempo limite máximo para corridas com paralisações. Ou seja, é difícil que esta estatística seja batida um dia. Sorte de Button, que venceu a corrida em Montreal após um erro de Vettel na última volta. Se fosse hoje, a corrida teria sido finalizada antes da manobra.
Menor número de carros largando em um GP – GP dos EUA 2005: 6
O GP dos EUA de 2005 ficou marcado na história como uma das páginas mais estranhas de 70 anos de F1. Devido a estouros de pneu nos carros da Toyota de Ralf Schumacher e Ricardo Zonta nos treinos, a Michelin avisou à FIA que não asseguraria a segurança de seus compostos pelas 73 voltas da corrida devida à curva inclinada usada no layout do circuito misto de Indianápolis. Depois de a construção de uma chicane no local ser descartada, os 14 pilotos que usavam pneus Michelin recolheram os carros para os boxes no fim da volta de apresentação e não competiram naquele dia. Apenas Ferrari, Jordan e Minardi (equipes que usavam pneus Bridgestone) correram. Eventualidades podem sempre ocorrer, mas é difícil de imaginar uma corrida de F1 iniciando com menos de meia-dúzia de carros.
Menor número de carros finalizando uma prova – GP de Mônaco 1996: 3
Mônaco sempre oferece um espetáculo à parte frente ao resto da temporada de F1. Se nos anos 50 e 60 já era um tanto quanto bizarro correr no principado, atualmente é uma insanidade. E com pista molhada, tudo piora. Foi assim em 1996. Vários acidentes e problemas mecânicos fizeram o francês Olivier Panis, da Ligier, vencer pela única vez na carreira, à frente de David Coulthard (McLaren), Johnny Herbert (Sauber)… e só. Apenas os três cruzaram a bandeirada dos 22 inscritos no GP (apesar de sete terem sido classificados por completarem 90% da distância). Será que um dia uma corrida terá menos de três carros chegando? Não é impossível, mas altamente improvável pela maior confiabilidade dos equipamentos nos dias de hoje.
Fonte: https://f1mania.lance.com.br/f1/conheca-os-10-recordes-da-f1-que-provavelmente-nunca-serao-batidos/
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