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Presidente do Operário insinua armação entre diretor da FFMS e times do sub-19

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Estevão Petrallás diz não temer punição por liminar no TJD/MS

O presidente do Operário, Estevão Petrallás, quebrou o silêncio. Após entrar com pedido na Justiça para participar do Campeonato Sul-Matogrossense sub-19 e ver cinco equipes do Estado repudiar a atitude, o mandatário do alvinegro falou com exclusividade ao Arquibancada MS sobre o entendimento do clube a respeito da nota de repúdio, situação no Profut, do Conselho Arbitral para a competição de base, preparação da equipe para o torneio e as medidas analisadas em caso de indeferimento da liminar.

De acordo com o dirigente, a situação só ocorre devido à má-fé do vice-presidente e coordenador técnico de competições da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Marco Tavares, junto aos representantes do Novoperário e União/ABC, insinuando até que os citados teriam trabalhado para que somente as duas equipes participassem do campeonato e herdassem as vagas do Estado para a Copa São Paulo de Futebol Junior de 2017.

“Nós fomos para o arbitral na sexta-feira, com todos os itens, que a convocação do edital previa, solucionados. Chegou lá e de uma forma sorrateira o diretor da Federação [Marco Tavares], junto aos presidentes do genérico [Novoperário] e do União demonstraram desde o início que eles queriam fazer um campeonato de duas equipes, aí cada um fica com uma vaga e vai pra taça São Paulo”, disse Petrallás, que afirmou que a alegação de Tavares, para impedir a participação do alvinegro na competição sub-19, foi de que era necessário ter os atletas já inscritos no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), atitude criticada pelo mandatário.

“Fizemos todo esse recolhimento [dos documentos exigidos] e chegou no momento da reunião, esse dirigente [Marco Tavares] disse que não era inscrição, era relação no BID, para quem está apto a jogar. No momento em que você vai pra uma competição e participa de um Arbitral, não precisa ter o seu time todo pronto, tem sim que ter um número mínimo de atletas e naquele momento nós tínhamos 23 atletas. Interessante que as outras duas equipes confirmadas apresentaram o BID com o número mínimo. Então houve uma situação no mínimo suspeita que nos deu a impressão de que houve uma forma desleal dos dois dirigentes de clubes que estavam lá juntamente com a diretoria de Competições da Federação, isso tudo na ausência do presidente Cesário”, continuou.

Petrallás disse ainda que não há motivo plausível para deixar o Operário fora da competição. Segundo ele, a situação do clube junto ao Programa de modernização da gestão e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro (Profut) está pendente apenas devido aos trâmites internos da Receita Federal, que ainda não emitiu a certidão negativa, tendo sido esse o motivo para entrar com a liminar pedindo a inclusão da equipe do estadual sub-19.

“Ao meu modo de ver não teria necessidade do clube estar incluído no Profut para jogar o sub-19. De qualquer forma, o Operário aderiu ao Profut em novembro de 2015 e já resolveu o maior problema que ele tinha, que era as questões trabalhistas. Essa certidão foi apresentada no dia 1º de agosto, prazo final, como foi solicitado pela Federação, o que nos faltou é questão apenas de elaboração interna do órgão Receita Federal pra emitir a certidão. Inclusive fizemos a adequação do Estatuto, que a legislação obriga. Pelos nossos prognósticos, no máximo em um ano o Operário tem toda a sua dívida de Fundo de Garantia quitada, então não tem como não dar uma liminar em uma situação dessa”, afirma o mandatário.

O presidente aproveitou para rebater a nota assinada contra o Operário, questionou as informações e assinaturas ali presentes, disse não temer punições e tratou de rebater a acusação de que o galo teria jogado o campeonato estadual deste ano de forma irregular.

“Não [temo punições]. Dessas cinco assinaturas que constam ali, só tem dois clubes que estão no sub-19. O rapaz que assinou do Esporte Clube Campo Grande não é nem o atual presidente. Eu preferi me calar pela falta de qualificação das pessoas que fizeram esse documento de uma forma muito infeliz”, disse o dirigente, que ressalta: “o Operário jogou o campeonato de 2016 regularmente, ao contrário do que descreve a nota de repúdio, porque houve uma prorrogação da Legislação Federal e mostra o total desconhecimento do ato praticado por alguns dirigentes que assinaram a famigerada nota de repúdio. Foram muito sorrateiros, usaram de uma artimanha muito desleal, que eu achei que esse tipo de dirigente não existisse mais aqui [em MS]”, acrescenta.

Caso a liminar seja indeferida pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Estado (TJD/MS), Petrallás promete recorrer da decisão e afirma que dentro de 30 dias o clube fará o possível para apresentar a certidão emitida pela Receita Federal, caso contrário aceitará as medidas legais cabíveis.

“Se ficarmos fora [do estadual sub-19], temos todo o direito de recorrer. Vamos cumprir com nossos deveres também, mas não é um terceiro que vai dizer o que vamos fazer. Tenho que fazer de tudo para apresentar a documentação no prazo de 30 dias, não tem outro caminho. Se não tiver certidão, o clube que não tiver vai sofrer a penalidade que a própria lei estabelece. Mas não é uma nota de repúdio que vai derrubar uma liminar do Tribunal, que na verdade está lá para buscar os direitos do clube. Eu não tirei de alguém pra dar pra mim, só procurei me defender, independente deles, que vieram atacar ao meu [clube]”, conclui Petrallás.

Preparação para o sub-19

Segundo o dirigente, o clube vem se preparando para o campeonato estadual sub-19 desde o início de julho, quando começou a avaliação dos atletas, inclusive já tendo feito amistosos durante o período para chegar na melhor forma possível ao torneio.

“Nós estamos a 40 dias treinando. Houve a chegada de quase 45 atletas, de vários lugares e da própria cidade de Campo Grande, que passaram por um processo de avaliação. Fizemos seis, sete amistosos em Maracaju, Camapuã, Jaraguari, Bandeirante, para se preparar e abrilhantar a competição. Se ficarmos fora do sub-19 vamos lamentar pela maneira desleal que eles utilizaram”, define Petrallás.

O Campeonato Sul-Matogrossense sub-19 tem seu início previsto para o próximo dia 20, com o confronto entre Novoperário e União, que fazem a partida de volta no dia 27, para definir o campeão. O Operário aguarda resultado da liminar para definir sua participação ou não na competição.

fonte: Blog Arquibancada MS
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