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Três-lagoense leva o ouro no salto em distância para cegos

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Irmão de Silvânia Costa, campeã mundial da mesma prova, sul-mato-grossense vence o americano Lex Gillette no último salto e enlouquece torcida no Estádio Olímpico

O três-lagoense Ricardo de Oliveira conquistou o primeiro ouro do Brasil na Paraolimpíada. Ele foi campeão no salto em distância na categoria T11 (cego total).

Para ficar com a medalha dourada, o atleta saltou para 6,52 m contra 6,44 m do americano Lex Gillette. A marca do brasileiro o deixou a 15 centímetros do recorde paraolímpico.

Ao falar sobre a conquista, Ricardo revelou que ficou noites sem dormir para melhorar sua performance.

“Estava treinando muito, de manhã e de tarde, cheguei a ficar noite em claro, meditando. Hoje, estou comemorando resultado que tenho sofrido muito para conquistar”, falou.

A disputa do brasileiro foi até o último salto. Quando correu para o derradeiro, ele estava com uma marca de um centímetro a menos que Lex Gillette, recordista mundial dos Estados Unidos.

O brasileiro, vale lembrar, não começou bem na disputa. Em seu primeiro salto, ele queimou. Mas, logo na sequência, se recuperou e mostrou para que veio.

“Eu senti que o ouro estava perto quando finalizei o salto. Ali eu senti que tinha pego o ouro se eu não tivesse queimado. No momento que eu saí da caixa de areia, estava muito preocupado mesmo em ter queimado”, revelou.

O brasileiro terminou a disputa com quatro dos cinco melhores saltos da prova. Ele também disputará os 100m e avisou:

“Vou dar trabalho!”.

Irmão de campeã

Ricardo de Oliveira é irmão da campeã mundial de salto Silvânia Costa de Oliveira. Ela concorre na mesma categoria que ele e foi eleita ano passado a melhor atleta paraolímpica brasileira de 2015.

Confiante numa dobradinha da família Oliveira, Ricardo destacou a união entre eles:

“Em casa sou eu e duas irmãs. Eu sempre quis ter um irmão. A Silvânia, por ser caçula, estava sempre do meu lado e preenchia esse espaço. Eu e minha irmã somos muito unidos mesmo. Até no material de esporte a gente divide. Eu comecei primeiro, fui incentivando, ela foi melhorando e ela foi me incentivando também. Foi sempre assim. Um ajudando o outro através de superação. “.

fonte:uol

 

 

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