Basquete masculino fica fora do Pan pela 1ª vez na história
A seleção foi eliminada no Grupo A da Copa América, em Medellín, Colômbia, ficando atrás de México e Porto Rico
A má campanha da seleção brasileira masculina na Copa América de basquete não resultou apenas na eliminação logo na primeira fase do torneio. Deixou também a equipe fora dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez na história.
A ausência da edição de Lima-2019 se explica pelo fato de a equipe não ter se inserido nem mesmo entre os sete primeiros da fase de classificação, entre 12 participantes.
A seleção foi eliminada no Grupo A da Copa América, em Medellín, Colômbia, ficando atrás de México e Porto Rico. Ainda teria chance de garantir vaga no Pan como a melhor terceira colocada entre os três grupos do torneio. Não aconteceu.
O Grupo B foi definido nesta terça-feira (29), em Bahía Blanca, Argentina, e a
campanha do Canadá, que ficou em terceiro na chave, supera a brasileira. Ambas as equipes tiveram uma vitória e duas derrotas, mas o time da américa do norte leva a melhor no saldo de pontos, com -9, contra -30 do Brasil.
Se a seleção não vem conseguindo resultados expressivos nas principais competições da modalidade, como Olimpíadas e Mundiais, ao menos no Pan o time se acostumou a ótimo desempenho. Os brasileiros venceram o torneio em quatro das últimas cinco edições, incluindo Toronto-2015.
O retrospecto de medalhas na competição continental, aliás, vem de longa data. Em 17 edições do evento, a seleção foi ao pódio em 14 ocasiões -o mesmo número dos Estados Unidos. São seis medalhas de ouro, duas de prata e seis de bronze. Um desses ouros, histórico, teve aniversário de 30 anos comemorado em 23 de agosto: o de Indianápolis-1987.
Na Copa América, porém, a seleção tem falhado nesta década. Caiu na fase de grupos pela terceira vez seguida.
O Grupo C da atual edição ainda terá jogos na quarta (30), e equipes como o anfitrião Uruguai, Panamá e República Dominicana ainda podem ultrapassar o Canadá e ficar com a sétima vaga. Certo é que o Brasil não tem mais chances.
“Disse antes da viagem que nosso desempenho ia depender muito do modo como a seleção se desenvolveria no treino e da concorrência que encontraríamos na Colômbia”, afirmou à reportagem o técnico César Guidetti, que dirigiu a seleção como interino. “Acho que o time começou a melhorar seu ritmo do meio para o fim do torneio. Foi tardio. Além disso, México e Porto Rico se apresentaram com jogadores de bom nível.”
Em sua convocação, Guidetti procurou equilibrar o grupo com jogadores jovens e veteranos. Em sua concepção, o torneio valeu também para se avaliar a reação dos atletas mais inexperientes com a camisa da seleção. “Serviu para ver quem responde a esse enfrentamento, a essa exposição. Deu para sentir isso. O jogo pela seleção é muito diferente”, disse.
A equipe nacional volta a jogar em 24 de novembro, contra o Chile, pelas eliminatórias para o Mundial de 2019. A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) ainda precisa definir uma comissão técnica para a disputa.
Por: Folhapress