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Mau momento dos brasileiros na na liga americana de basquete

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De resto, muitos rumores, jogadores medianos trocando de time e… os brasileiros não se dando nada, nada bem.

Terminou ontem à tarde a janela de transferências da NBA. Como quase sempre, cercada de muita expectativa, mas com apenas uma troca arrasa-quarteirão (a que levou DeMarcus Cousins para o New Orleans Pelicans). De resto, muitos rumores, jogadores medianos trocando de time e… os brasileiros não se dando nada, nada bem.

O Atlanta Hawks trocou Tiago Splitter para o Philadelphia 76ers para ter o turco Ersan Ilyasova e uma escolha de segunda rodada de Draft. Sem jogar desde janeiro de 2016 devido a uma grave lesão no quadril, o pivô espera recuperar a forma e mostrar que merece novo contrato pra próxima temporada (seu atual contrato termina ao final deste campeonato). Tal quando acontecia na Geórgia, onde jogava para o técnico Mike Budenholzer, ex-assistente no San Antonio Spurs, antigo time de Tiago, o mesmo ocorrerá agora na Filadélfia, onde o atual técnico Brett Brown foi, antes, auxiliar de Gregg Popovich no Texas, tendo conhecido o brasileiro por lá.

Aparentemente, portanto, não seria uma ideia ruim jogar no 76ers como reserva e tutor do carismático Joel Embiid, mas a verdade é que as coisas não são bem assim, não. Ontem mesmo a franquia da Pensilvânia conseguiu o também pivô Andrew Bogut em uma negociação, e agora seu elenco terá, além de Embiid e Tiago, Bogut e o jovem Jahili Okafor, que ficou na equipe apesar das especulações. Ninguém sabe ao certo o que irá acontecer, mas ter tempo de quadra no garrafão não será das coisas mais fáceis do mundo até o final da fase regular da NBA, não. Rumores davam conta que Bogut ou Tiago poderiam ser dispensados pelos Sixers, mas até o momento não há confirmação disso.

Outro que não se deu bem foi o armador Marcelinho Huertas. Pouquíssimo aproveitado pelo Los Angeles Lakers (apenas 23 jogos e 10 minutos por jogo de média), ele foi trocado para o Houston Rockets na segunda movimentação do novo presidente Magic Johnson. Pouco depois de anunciar a negociação, o jornalista Adrian Adrian Wojnarowski, do The Vertical, divulgou em seu Twitter que os Rockets dispensarão o brasileiro nesta sexta-feira. A franquia, porém, até o momento não fala na rescisão de contrato.

De todo modo, mesmo que fique em Houston o tempo de quadra de Marcelinho tende a continuar bastante reduzido, já que a armação texana é conduzida simplesmente por James Harden, o barba candidato a MVP, Patrick Beverley, excepcional defensor, e agora pelo reserva recém-chegado Lou Williams (também ex-Lakers). Se estava difícil atuar pelo time angelino, um dos piores da NBA na atual temporada, continuará complicado no Rockets, candidato ao título do Oeste. Caso permaneça no elenco, Huertas poderá sentir o gostinho de jogar um playoff do melhor basquete do mundo, já que o Houston se classificará para o mata-mata.

E não é só. Pivô reserva do Chicago Bulls, Cristiano Felício viu a franquia se movimentar. Trocou o ala Taj Gibson e o arremessador Doug McDermott para o Oklahoma City Thunder por Cameron Payne, Joffrey Lauvergne e Anthony Morrow. Dos que chegam, o que incomoda o brasileiro é Lauvergne, pivô bem razoável, com boa defesa e ótimo potencial físico. Não sei até que ponto isso atrapalha Felício em sua escalada para conseguir mais tempo de quadra ainda nesta segunda metade da temporada porque aparentemente o técnico Fred Hoiberg gosta e confia muito nele (tem 15,7 minutos/jogo no momento), mas a chegada do francês adiciona mais um concorrente entre os pivôs do Bulls.

Some-se a isso o fato de Anderson Varejão, dispensado do Golden State Warriors há cerca de 20 dias, estar ainda sem time. Conversei com algumas pessoas, e todos esperavam que o pivô tivesse propostas, convites, mas até agora nada. Há um risco grande de Varejão, um dos jogadores mais carismáticos da NBA nos últimos anos, terminar essa temporada sem time, o que seria lastimável para ele no presente e também para suas pretensões futuras na liga, já que será agente-livre ao final do campeonato.

Atualmente, apenas Nenê (Houston Rockets), Lucas Bebê (Toronto Raptors), Cristiano Felício (Chicago Bulls) e Leandrinho (Phoenix Suns) jogam com constância e com boas performances. Tiago Splitter, Marcelinho Huertas e Anderson Varejão, entre os principais nomes desta geração do basquete nacional, encontram-se em situação não muito confortável. Digamos que já foi melhor o momento dos brasileiros na NBA.

Fonte: UOL

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