Toque no início do braço não será mais falta no futebol
A International Board (IFAB) divulgou na terça-feira (8) as mudanças nas regras do futebol para a temporada 2020/21. Entre as diversas orientações, chama a atenção a alteração na regra de mão na bola: a partir de junho, o toque no começo do braço (junção com a axila) não será mais considerado falta.
Segundo o comunicado, a finalidade da mudança é determinar clareza na infração em lances com a mão.
A IFAB indica que, na nova regra, o toque de mão involuntário no ataque só deve ser assinalado caso leve diretamente a um gol ou a uma “ocasião manifesta de gol”, mudando uma interpretação do ano passado, quando qualquer toque de mão na bola deveria ser marcada falta.
Para o comentarista de arbitragem da Rádio Difusora, Rafael Porcari, a orientação deixa mais claro o que é lance de mão. “Fica mais objetivo para todos. Eu só gostaria que o lance de toque de mão sem intenção tivesse o mesmo critério em todos os cantos do campo”, declarou.
Cartões
Outra mudança polêmica é sobre cartões amarelos na disputa de pênaltis. A IFAB orienta agora que uma infração do goleiro, como adiantar-se antes da cobrança, só deve ser punida caso a ação influencie diretamente o resultado final, como uma defesa do goleiro. Caso o arqueiro seja punido, e a cobrança repetida, ele será advertido. O cartão amarelo só deve ser mostrado no caso de o goleiro cometer uma nova infração.
Além disso, os cartões amarelos mostrados durante os jogos não contarão mais em uma disputa direta de pênaltis. Se um atleta for punido durante o tempo normal e, depois, novamente na disputa de pênaltis, deverá ser relatado na súmula como dois cartões amarelos e não como uma expulsão.
O comentarista da Difusora não gostou da mudança da regra para disputa de pênaltis. “É um retrocesso e até uma contradição do espírito da regra, pois a decisão dos tiros penais é uma das formas oficiais de se definir o vencedor de uma partida”, lembra.